No total, 62 países ratificaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação, sendo o Brasil o único país lusófono que não aderiu ao tratado. 98 por cento dos feridos são civis
No total, 62 países ratificaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação, sendo o Brasil o único país lusófono que não aderiu ao tratado. 98 por cento dos feridos são civisRealiza-se no Líbano um encontro sobre o combate mundial do uso de bombas de fragmentação. a reunião, que decorre em Beirute, faz parte de um esforço iniciado em 2010, com a entrada em vigor da Convenção. Esta proíbe a produção, uso e armazenamento desse tipo de armamento. Foi assinada por 109 governos e ratificada por 62 nações. O afeganistão aderiu no início do mês.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) espera que até 2015 o número de países aderentes ao tratado aumente. Segundo as Nações Unidas, o Brasil é o único país de língua portuguesa que não ratificou a convenção. O PNUD alerta que as bombas de fragmentação têm sido usadas, indiscriminadamente, no âmbito de conflitos, afectando particularmente os civis (98 por cento dos feridos, segundo as estimativas das Nações Unidas. 40 por cento são crianças). as minas impedem o acesso a determinadas áreas e serviços básicos e constituem uma barreira para desenvolvimento social.

O Líbano é um dos países que mais avançou na limpeza do seu território, que continha bombas de fragmentação devido à guerra. Foram eliminadas cerca de 2,8 milhões de minas terrestres, em zonas públicas, nas proximidades de casas, hospitais, parques e propriedades agrícolas. Segundo a ONU, o governo libanês calcula que ainda haja no território do país cerca de um milhão de minas.