Em Israel, zona extremamente polarizada, nascem gestos de paz e unidade que são prova de que a solidariedade e o sentido de união podem falar mais forte que a diferença religiosa.
Em Israel, zona extremamente polarizada, nascem gestos de paz e unidade que são prova de que a solidariedade e o sentido de união podem falar mais forte que a diferença religiosa. O Movimento Islâmico, organização forte entre os muçulmanos de Israel, promoveu uma recolha de fundos a favor das vítimas da violência em Maghar, na Galileia, onde a comunidade greco-católica melquita foi objecto de violência da parte dos drusos.

a organização islâmica lançou o apelo, a 18 de Fevereiro, aos fiéis muçulmanos para demonstrarem solidariedade concreta com os cristãos, pois “somos um único povo, árabes e israelitas”. Uma semana depois, sexta-feira, dia de oração da comunidade muçulmana, foram recolhidos os donativos destinados às famílias cristãs de Maghar.

Nesta aldeia, a uns 35 quilómetros de Nazaré, alguns milhares de habitantes drusos, atacaram casas, negócios e propriedades dos cristãos, provocando grandes danos e a fuga de uma parte da comunidade greco-católica melquita.

“O medo ainda persiste” ” afirma Elias Daw, presidente do tribunal de apelo da Igreja greco-católica melquita – “e muitas famílias ainda não regressaram às suas casas. Os estudantes preferem, por agora, não frequentar a escola de Maghar, pois os episódios de violência contra os cristãos não são apenas ocasionais”.

é um sinal de esperança, uma cara diferente nas relações entre muçulmanos e cristãos. Nas próprias palavras de Elias Dew, este gesto “dá coragem e demonstra que prevalece a unidade”.

Os drusos são uma seita islâmica que segue uma doutrina secreta e segregativa. a seita divide os seguidores em “uqqal” ou inteligentes e “juhhal” ou ignorantes. Pela sua própria doutrina situam-se fora do Islão.