Grandes potências do G8 e organizações internacionais, reunidas em Marselha, França, revelam intenção de dobrar a sua ajuda financeira a quatro países que viveram nos últimos meses a chamada “Primavera írabe”
Grandes potências do G8 e organizações internacionais, reunidas em Marselha, França, revelam intenção de dobrar a sua ajuda financeira a quatro países que viveram nos últimos meses a chamada “Primavera írabe” a ajuda global poderá ir até 80 mil milhões de dólares, em vez dos 40 mil milhões anunciados em Maio passado. além das revoluções egípcia e tunisina, outros dois países aliados desde o inicio, Marrocos e Jordânia, receberão esta ajuda, decidida pelo G8 (os oito países mais industrializados) e de nove instituições internacionais: Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, bancos regionais e fundos árabes. Segundo a presidente do FMI, Christine Lagarde, trata-se de ajudar e acompanhar um movimento histórico de transformação profunda de toda uma região do mundo. Os detalhes dessa ajuda ainda são vagos, segundo a agência Lusa.

as instituições multilaterais prometeram dobrar a ajuda em relação, segundo a deliberação tomada, a 10 de Setembro, em Marselha.como previsto, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento da Europa (BERD), criado para ajudar os países da Europa Central e Oriental após a queda do Muro de Berlim, deverá prestar socorro aos países de todo o mediterrâneo. Este compromisso, que será confirmado até o fim do mês, deverá permitir ajudar os países árabes, principalmente o sector privado. Numa declaração, os membros da Parceria Deauville felicitaram os planos de acção apresentados pelos quatro estados árabes, que demonstram uma vontade clara e compartilhada de trabalhar para a prosperidade dos povos interessados.

a Líbia pós-Kadhafi esteve presente em Marselha como observadora e foi convidada para reencontrar, logo que possível, os parceiros. O Conselho Nacional de Transição (CNT), autoridade política da revolta, foi reconhecido como governo legítimo da Líbia pelo FMI, anunciou Christine Lagarde, e poderá beneficiar do apoio para ajudar a economia a reerguer-se rapidamente. as promessas do G8 aguardavam a aprovação desde Maio, tendo gerado uma frustração crescente entre os países envolvidos.compreendemos esta frustração, existe um atraso na ignição”, disse à aFP o director de uma instituição financeira. Nenhum calendário preciso foi fixado, mas os fundos deverão ser desembolsados no menor tempo possível, afirmou o ministro francês François Baroin. Não são só palavras, é algo concreto, é rápido, insistiu.