activistas sírios lançam apelo à comunidade internacional, pedindo observadores dos direitos humanos para desencorajar os ataques militares contra civis numa repressão cada vez mais sangrenta contra a agitação popular
activistas sírios lançam apelo à comunidade internacional, pedindo observadores dos direitos humanos para desencorajar os ataques militares contra civis numa repressão cada vez mais sangrenta contra a agitação popularO aumento do número de mortos, durante a revolta que já dura há quase seis meses, levou a que muitos activistas sírios, embora relutantes, se decidissem pelo pedido de ajuda externa, revelou a Comissão Geral da Revolução Síria, que reúne vários grupos activistas. Pedir a intervenção externa é uma questão delicada que pode ser usada pelo regime para chamar traidores aos seus opositores. Estamos a pedir primeiro observadores internacionais, disse o porta-voz ahmad al-Khatib à agência Reuters. Os manifestantes sírios gritaram slogans a pedir a protecção internacional, mas não houve qualquer indicação do Ocidente que manifeste a intenção de colaborar, como aconteceu com o papel vital da NaTO, na queda do líder líbio Muammar Kadafi.

Nenhum país propôs, até agora, algum tipo de intervenção na Síria, como um mandato da ONU para proteger civis. ao contrário da Líbia, a Síria fica numa região turbulenta do Médio Oriente; tem aliados poderosos, como o Irão, e influência sobre os voláteis Líbano e Iraque. Mas o Ocidente já exigiu ao presidente Bashar al-assad, cuja família tem vindo a dominar a maioria muçulmana sunita na Síria, durante 41 anos, juntamente com a minoritária seita alauíta, que renunciasse ao cargo e impôs sanções punitivas cada vez mais duras.
Yasser Saadeldine, um comentarista político da oposição sediado no Catar, disse que o sucesso da campanha da NaTO na Líbia poderia encorajar o Ocidente a reconsiderar a sua posição em relação à Síria. a derrota de Kadafi deu ao Ocidente uma oportunidade histórica de estabelecer os laços com o mundo muçulmano e árabe. Num comunicado, o bloco activista sírio afirmou que as forças de assad mataram mais de 3. 000 civis na tentativa de eliminar as demonstrações que exigem mais liberdade política. Dezenas de milhares de pessoas foram presas, outros milhares estão desalojados e desaparecidos.