O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados encontra-se de visita à República Dominicana e Haiti para avaliar os projectos desenvolvidos em ambos os países
O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados encontra-se de visita à República Dominicana e Haiti para avaliar os projectos desenvolvidos em ambos os paísesNa República Dominicana onde se encontra desde segunda-feira, há entre 1. 500 a 2. 000 refugiados, a maioria haitianos, adiantou o chefe de missão no território, Gonzalo Vargas Llosa, à Efe. antónio Guterres vai avaliar no terreno «o progresso que foi conseguido em ano e meio de trabalho, sublinha o responsável, citado pela Lusa. O antigo primeiro-ministro português vai visitar as instalações do alto-Comissariado de Santo Domingo, reabertas em Janeiro de 2010, após o violento terramoto do Haiti, que faz fronteira com a República Dominicana.

Em Junho, o alto comissariado das Nações Unidas para os refugiados e o alto comissariado das Nações Unidas para os direitos humanos apelaram aos governos para que suspendam a repatriação involuntária de haitianos, dadas as difíceis condições que ainda persistem no Haiti. 680 mil pessoas ainda estão deslocadas dentro do país, espalhadas entre mais de mil acampamentos na capital, Port-au-Prince, e outras áreas afectadas pelo terramoto. Um número desconhecido permanece fora do país.

O forte terramoto levou muitos cidadãos haitianos a sair do seu país para outro. alguns deles solicitaram refúgio ao Brasil, onde se encontram. Receberam agora vistos de residência permanente porque não é reconhecido refúgio devido a desastres naturais ou factores climáticos. Desde o terramoto de 2010, foram efectuados 2. 150 pedidos de refúgio. Foram aprovados 418 vistos de residência permanente. Os haitianos podem agora trabalhar, abrir uma conta bancária ou obter outros benefícios, tal como um cidadão brasileiro.