aumentam os pedidos de ajuda. Pobreza afecta pessoas com emprego e mais novos, e não apenas os mais idosos
aumentam os pedidos de ajuda. Pobreza afecta pessoas com emprego e mais novos, e não apenas os mais idososNão é possível quantificar com exactidão, mas os novos pedidos de ajuda que chegam às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), Misericórdias ou Cáritas são cada vez mais. «O que sabemos é que continuam a aumentar os novos pedidos e há Cáritas que já estão com impossibilidade de atender em tempo útil a todos os casos que vão sendo registados, explica o presidente da Cáritas portuguesa, Eugénio Fonseca.

«À União das Misericórdias chegam por dia quatro a cinco pedidos de pessoas empregadas: ou estão com salários em atraso ou há um membro da família desempregado e não conseguem fazer face às despesas do agregado familiar, revelou Manuel Lemos à Lusa. Eugénio da Fonseca refere que o desemprego é a principal causa dos pedidos de ajuda, mas estão a aparecer pessoas já beneficiaram do Rendimento Social de Inserção (RSI), e «agora, face aos cortes resultantes das medidas de austeridade, e nomeadamente à reformulação das regras do RSI, deixaram de ter direito a essa medida ou viram reduzidos os montantes.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Lino Maia, salienta que as instituições que prestam apoios mais pontuais, que não têm número de utentes acordado têm tido «muito mais pedidos. Nas outras instituições, com acordos firmados com a Segurança Social e com número fixo de utentes, verifica-se «a diminuição da comparticipação das famílias e pedidos insistentes para que se revejam as comparticipações, adianta o sacerdote.

agora, a pobreza deixou de afectar apenas os mais idosos. O rosto de quem precisa de ajuda é cada vez mais novo e tem emprego. «Estamos a falar de pobreza com emprego, o que em termos absolutos não é uma novidade, mas é uma novidade em termos de expressão, salienta Manuel Lemos. Já Lino Maia salienta que «temos bastante gente em idade activa, que se viu no desemprego ou com familiares no desemprego, com dívidas acumuladas e sem capacidade para as pagar. Eugénio Fonseca fala em pedidos de ajuda para « bens específicos, como medicamentos ou rendas de casa.