país em reconstrução depois de uma guerra que durou decénios, o Uganda não possui quaisquer estruturas que prestem assistência às vítimas que sofreram na própria carne as violências durante os anos de conflito
país em reconstrução depois de uma guerra que durou decénios, o Uganda não possui quaisquer estruturas que prestem assistência às vítimas que sofreram na própria carne as violências durante os anos de conflitoPassados cinco anos após a guerra civil que devastou o país, são ainda sentidas as feridas que causaram tantos males físicos e psicológicos no Uganda. Sobretudo, as mulheres têm ainda hoje de enfrentar as consequência de tão prolungada tragédia. Torturadas e vítimas de sevícias, muitas delas obrigadas a juntar-se aos rebeldes do Exército de Resistência do Senhor (LRa, na sigla em inglês), não beneficiaram de qualquer assistência médica. Em Ogur, no norte do Uganda, existe um campo médico de emergência, gerido por uma organização feminina que presta assistência a mulheres que vivem em antigas zonas de guerra. Os serviços são para aquelas que foram vítimas de violências que provocaram complicações a nível da saúde reprodutiva.

Muitas delas é a primeira vez que têm acesso a consultas depois que acabou a guerra em 2006. Para algumas até é a primeira vez que encontram um médico. No norte do Uganda, há uma necessidade urgente de um programa especial que preste toda a espécie de assistência sanitária. Os rebeldes do LR a combateram no norte e no nordeste durante 23 anos. a guerra empurrou cerca de dois milhões de pessoas para os campos de refugiados. Nesta guerra, a mais brutal depois da independência, em 1962, milhares de pessoas morreram em conflitos que envolveram crianças-soldado e civis forçados a alistar-se nos grupos rebeldes. Depois de 2006, a população começou a regressar às suas casas, mas continua ainda dependente da ajuda humanitária.

Um plano de recuperação e desenvolvimento está a ser promovido pelo governo local desde 2009, mas não tem em conta as emergências da população. O dinheiro foi investido na construção de novos urbanística da saúde e na recuperação dos já existentes. Estas obras no sector sanitário impendem que se intervenha já nas urgências médicas das aldeias. a maior parte dos centros de saúde não têm pessoal médico. as forças do LR a foram obrigadas a abandonar o Uganda em 2006 e, actualmente, deslocaram-se para a República Democrática do Congo, República Centro africana e no sul Sudão ocidental, revela a agência Fides.