Bento XVI destacou o poder das expressões artí­sticas nas emoções, na espiritualidade e na procura do «sentido profundo» da realidade visí­vel
Bento XVI destacou o poder das expressões artí­sticas nas emoções, na espiritualidade e na procura do «sentido profundo» da realidade visí­vel a arte «é como uma porta aberta para o infinito, rumo a uma beleza e uma verdade que vão para além do quotidiano, afirmou o Pontífice na última audiência das quartas-feiras, de agosto, na sua residência de Verão, em Castelgandolfo. aos peregrinos salientou que «uma obra de arte é o fruto da capacidade criativa do ser humano, que se interroga diante da realidade visível, procura desvelar o sentido profundo e comunicá-lo através da linguagem das formas, das cores, dos sons.

Bento XVI defendeu que as expressões artísticas como a escultura, pintura, poesia e música despertam quem as aprecia para algo mais que o que está diante de si, «qualquer coisa que ‘fala’, capaz de tocar o coração, de comunicar uma mensagem, de elevar a alma, assinalou. E lembrou que muitas vezes «as expressões artísticas são ocasião para nos recordarmos de Deus, para ajudar a nossa oração ou para a conversão do coração.

O Santo Padre referiu-se às expressões artísticas como «verdadeiras estradas para Deus,sendo uma ajuda a crescer «na relação com Ele, na oração. O bispo de Roma recordou a conversão do poeta, dramaturgo e diplomata francês Paul Claudel, em 1886, na basílica de Notre Dame, em Paris, durante a missa de Natal. ao escutar o canto do Magnificat, o pensador apercebeu-se da presença divina. E ele «não entrou na igreja por causa da fé mas para procurar argumentos contra os cristãos, e em vez disso a graça de Deus operou no seu coração.