a partir das palavras de Jesus, Ramón Cazallas destaca a novidade e propriedade das palavras já que ele «levou o seu amor» pelos homens «até ao extremo»
a partir das palavras de Jesus, Ramón Cazallas destaca a novidade e propriedade das palavras já que ele «levou o seu amor» pelos homens «até ao extremo»«Muitas vezes esquecemos o mandamento novo de Jesus e caímos no ritualismo que pretende manipular o Espírito para o domesticarmos. Nas nossas Eucaristias ou assembleias invocamos frequentemente o Espírito Santo mas com guarda-chuvas, denuncia Rámon Cazallas. Na reflexão deste mês de Setembro do «Calendário meditado, o sacerdote aponta os erros cometidos:«as nossas pastorais repetitivas afogaram a novidade. a liberdade assusta-nos. Estamos paralisados por séculos de sedentarismo da fé.

Torna-se «urgente redescobrir a criatividade para poder responder aos desafios, sublinha o missionário da Consolata. Em primeiro lugar é necessário o desprendimento «do nosso ego e da nossa comodidade para ir além «dos nossos cálculos, privilégios e esquemas de poder tão zelosamente conservados. O mandamento novo de Jesus traz sempre uma novidade que devemos ir descobrindo aos poucos.

«O voluntariado, para um cristão, é consequência desse mandamento novo que nos indica Jesus baseado nas palavras «como eu vos amei, defende o missionário da Consolata. «Não podemos, portanto, excluir o serviço da nossa vida e o amor ao próximo porque então não entenderíamos a novidade do mandamento de Jesus, acentua.

Isso implica mudar de vida e abrir-se «à presença e acção divinas. Consequentemente «a corrida à abundância – na qual se lançam cada vez mais homens, e com frequência no meio duma miséria crescente – dará progressivamente lugar a uma maior simplicidade de vida, já esquecida em muitos países, mas que se torna de novo possível e até mesmo desejável, quando cessar nas opções do consumidor a preocupação pelas aparências, salienta o teólogo.

«O mandamento novo de Jesus faz de todos os cristãos “voluntários com espírito” que significa que toda a vida é um voluntariado que só termina quando estivermos com Deus, refere ainda Rámon Cazallas. Mas «há pessoas que não têm fé que estão votadas ao amor, isto é pessoas que procuram o bem dos outros e não o próprio, conclui na reflexão deste mês, em ano europeu do voluntariado.