as Jornadas Mundiais da Juventude que decorreram este ano em Madrid devem merecer uma reflexão atenta. O evento reuniu mais de um milhão de jovens, bastantes mais gostariam de ter estado presentes, mas quantos milhões há para conquistar para Cristo?
as Jornadas Mundiais da Juventude que decorreram este ano em Madrid devem merecer uma reflexão atenta. O evento reuniu mais de um milhão de jovens, bastantes mais gostariam de ter estado presentes, mas quantos milhões há para conquistar para Cristo? a Igreja, através dos seus Movimentos, parece atenta à realidade da juventude e a prova é este encontro dos jovens com o Papa na capital de Espanha. Estas realizações promovidas pela estrutura de jovens católicos de todo o Mundo permite o conhecimento do pulsar da sociedade em relação ao fenómeno do ideal cristão, enquanto imagem exterior, mas já o mesmo não é possível dizer quanto àqueles que seguem outros caminhos, com ideais ou não. “Fé e seguimento estão intimamente ligados” disse o Papa aos jovens que conseguiram concretizar o desejo de partilhar com ele aqueles momentos inesquecíveis para a maioria. É um facto indesmentível e que merece um sério aprofundamento, tendo em conta os milhões de jovens que habitam o planeta, mas que não seguem qualquer ideal.

a juventude de hoje tem tantas solicitações por parte da sociedade, com as novas tecnologias e hábitos consumistas que acaba por ter dificuldade nas escolhas, sendo completamente absorvida pelos egoísmos que daí derivam. Raramente se atrevem a fazer opções de vida, pois estas exigem rigor, disciplina e persistência, para além das responsabilidades e isso, os jovens não querem, preferem ir pela via mais fácil e rápida que conduz à satisfação das suas necessidades ou que entendem como tal, mesmo que dispensáveis. Os valores sociais humanistas começam a ser considerados arcaicos, da pré-história e a própria moral social (a religiosa é “coisa de padres”) é uma maçada, é algo que já não diz nada. É a sociedade que temos e em que muitos estão embrenhados.

Bento XVI foi claro em relação ao mundo egoísta em que vivemos: “Não se pode seguir sozinho”. Quem o faz “corre o risco de nunca encontrar Cristo ou de acabar por seguir uma imagem falsa d’Ele”. Este apontar de caminhos é para os que seguem o ideal incarnado em Cristo, mas os outros ou sabem e não querem, ou talvez queiram, mas não conhecem.
É preciso que os cristãos concentrem esforços para seguir, praticando, mas simultaneamente dar a conhecer quão suave é o caminho do amor e da verdade que podem encher o nosso coração, apesar das dificuldades do dia-a-dia. Os jovens têm uma grande vitalidade e desejo de viver, próprio da fase da vida, há que incentivar para que o façam com naturalidade cultivando o amor aos outros.