Paula Ferraz, participante do curso de missiologia e professora há 21 anos, falou à Fátima Missionária sobre a sua passagem por Jerusalém, em 2010, uma experiência enriquecedora que fortaleceu a sua fé
Paula Ferraz, participante do curso de missiologia e professora há 21 anos, falou à Fátima Missionária sobre a sua passagem por Jerusalém, em 2010, uma experiência enriquecedora que fortaleceu a sua fé a professora de língua portuguesa passou duas semanas em Jerusalém, onde frequentou um curso sobre o Holocausto, Segunda Guerra Mundial e regresso à Terra Santa. a oportunidade surgiu na sequência dos vários projectos que dinamizou na Biblioteca Escolar do agrupamento de Escolas de Paço de arcos por ocasião do dia em memória das vítimas do Holocausto. Os dias passados entre judeus, pois apenas os colegas de curso – 25 professores no total – eram portugueses, e o confronto entre culturas ajudou-a a aproximar-se de Jesus Cristo, garante Paula Ferraz.

«É outro território. É outra cultura. Nós encontramos muito das nossas raízes. Quer queiramos quer não, encontramos muitas coisas que também são nossas, afirma. Refere, a título de exemplo, as figuras bíblicas e históricas de abraão e Moisés. «É o reencontro com a terra que foi pisada por Jesus Cristo. Marcou-me imenso o saber que Jesus tinha estado naquele espaço. Recorda o caminho que percorreu entre o Jardim das Oliveiras e o Santo Sepulcro (onde Jesus foi crucificado). Uma distância «significativa, segundo a mesma. «Eu percebi o amor que Jesus teve por nós. Lembrando o sofrimento de Cristo, afirma: «ali está o peso todo da nossa salvação.

Participar na cerimónia do Shabat (dia de descanso semanal no judaísmo) foi algo de marcante para a licenciada em Estudos Portugueses: «Não tem descrição possível. É uma alegria diferente. São umas orações diferentes. Melodias, que nós não sabemos exactamente o que dizem, mas que são bonitas em termos sonoros. as cerimónias são de muita alegria: muito canto, muitas palmas, muita dança por parte dos homens.

a professora destaca a importância do contacto com outras realidades culturais e religiosas. «Convém que percebamos que neste mundo nós não podemos viver isolados. Não somos ilhas. O confronto com os outros faz com que nós cresçamos mais e nos fundamentemos mais, considera. «Passei a ler o antigo Testamento de uma outra forma, explica, referindo-se a alguns pormenores aos quais não prestava tanta atenção. « a minha fé ficou muito mais fortalecida, assegura.