Tanto rebeldes como forças de Mouammar Kaddafi terão autorizado a tortura e maus-tratos de prisioneiros. Um comunicado da amnistia Internacional fala de execuções sumárias de prisioneiros em dois campos militares nos arredores de Tripoli
Tanto rebeldes como forças de Mouammar Kaddafi terão autorizado a tortura e maus-tratos de prisioneiros. Um comunicado da amnistia Internacional fala de execuções sumárias de prisioneiros em dois campos militares nos arredores de TripoliNos dois campos utilizados pela brigada de elite de Khamis Kaddafi, filho do dirigente líbio em fuga, as forças lealistas executaram, terça e quarta feiras, numerosos prisioneiros, quando os rebeldes já tinham entrado em Tripoli, afirma a organização não-governamental. Num dos campos, em Khilit al-Ferjan, a sudoeste de Tripoli, os guardas abriram fogo e lançaram granadas contra 160 prisioneiros que tentavam a fuga. a organização não consegue definir o número exacto dos sobreviventes. Outro caso citado pela amnistia Internacional (aI) refere-se ao segundo campo, situado a cerca de cinco quilómetros, em Qasr Ben Ghashir, onde guardas abriram as celas de cinco prisioneiros e os abateram. Gerou-se o pânico e cerca de 70 prisioneiros conseguiram fugir. Estas práticas não surpreendem, pois foram usadas pelas forças dos soldados pro-Kadhafi, em especial na prisão de abou Salim, em Tripoli. Testemunhos de violações foram recolhidos pela aI. Num outro comunicado a aI revela que as declarações de prisioneiros escutadas pela sua delegação na Líbia, mencionam torturas praticadas pelos rebeldes. apesar destes terem garantido que não cometeriam violações dos direitos humanos, como acontecera no regime de Kaddafi. Porém, numa antiga escola de Bir Tirfas, utilizada como prisão, 125 pessoas terão sido metidas dentro de uma cela, sem se poderem deitar ou até mesmo mover. Prisioneiros detidos pelos rebeldes afirmaram que eram trabalhadores africanos presos em suas casas ou nos locais de trabalho unicamente devido à cor da pele.