«Se a Igreja for jovem, leve e bela, as pessoas hão-de lutar para entrar nela», lembrou antónio Couto, bispo auxiliar de Braga, aos formandos do curso de missiologia, que decorre em Fátima
«Se a Igreja for jovem, leve e bela, as pessoas hão-de lutar para entrar nela», lembrou antónio Couto, bispo auxiliar de Braga, aos formandos do curso de missiologia, que decorre em Fátima a Missão nos actos dos apóstolos foi o tema desenvolvido pelo bispo, antónio Couto, no segundo dia do curso. Em conjunto com os formandos, analisou várias passagens bíblicas que sugerem mudanças na Igreja actual e constituem desafios para os fiéis. Um trabalho de grupo, proposto pelo prelado, incentivou o debate sobre como está a Igreja e como deve avançar.

Das várias intervenções destaca-se a necessidade de romper barreiras, de combater a discriminação da pessoa que segue um caminho diferente. «Ser cristão é ir buscar aquele que está no chão, lembrou uma das cursistas. Outro interveniente ressaltou: «É mais fácil criticar os outros. Se queremos a Igreja bela e jovem temos que a fazer. Um jovem participante focou a importância do amor ao próximo e da compreensão. Se queremos mudar o mundo temos que começar por nós mesmos, defendeu.

Depois de ouvir os cursistas, antónio Couto realçou quatro aspectos, tendo começado pela palavra que mais ouviu durante as intervenções: testemunhar. «É dizer de outra maneira. O cristão por natureza quando «diz deve dar testemunho daquilo que está a dizer, explicou. Testemunhar é «gerar vida, acrescentou. «Uma palavra dita como testemunho de vida pode fazer nascer um mundo novo. Em segundo lugar, lembrou os quatro pilares da primeira comunidade cristã: ensino, comunhão, fracção e oração.

O prelado continuou referindo São Lucas, como um «pintor que vê beleza em todo o lado. O mundo à luz de Cristo é um mundo belo e de bem; uma pessoa que vê belo e bem mesmo em situações negativas acaba por mudar a situação, explicou aos cursistas. «Os cristãos têm-se esquecido disso mas é preciso «mudar de táctica, salientou. Por fim, destacou o espírito de partilha e de entreajuda que contraria o «cada um para si e recordou aos formandos: «Se a Igreja for jovem, leve e bela, as pessoas hão-de lutar para entrar nela.