“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna. Eu o ressuscitarei no último dia”, diz-nos o Senhor Jesus, no evangelho da missa do 21º Domingo comum
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna. Eu o ressuscitarei no último dia”, diz-nos o Senhor Jesus, no evangelho da missa do 21º Domingo comumPoderíamos chamar a este Domingo o Domingo dos bilhetes de identidade. Todos sabemos que o bilhete de identidade contém os dados principais da nossa pessoa e da nossa vida. No evangelho de hoje, Cristo pergunta aos seus apóstolos qual é a opinião que a gente fazia da sua pessoa. Veio a resposta: Para a maior parte da gente, tu és João Baptista, Elias, Jeremias ou um dos profetas, que voltou à vida. Já era alguma coisa, mas Jesus queria ver mais do que se sabia da sua pessoa. De facto, o que mais lhe interessava era o que pensavam dele os seus apóstolos e os seus discípulos. Por isso lhes pergunta: E vós, quem dizeis vós que eu sou?. Era uma pergunta difícil mesmo para os apóstolos.

Sim, eles tinham visto tantas coisas que Jesus fizera: milagres estrepitosos, multiplicações incríveis de alimentos, curas extraordinárias instantâneas, uma maneira de falar superior a todos os grandes daquelas terras Mas, como podiam eles entrar no âmago da identidade do Mestre? Impossível! De repente, uma voz se eleva do silêncio do grupo. Era Pedro que falava alto e bom som: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo!. Ficam todos calados, aturdidos pela definição dada por Pedro. Ele próprio não acredita nos próprios ouvidos. aquilo viera lá de dentro, do mais recôndito do seu coração, como uma enxurrada de que ele não era o autor, mas que fora sugerida pelo alto. Todos os olhos dos apóstolos ficam cravados no rosto do Mestre. O Messias, o prometido por todos os profetas, a causa praticamente do ser e existir do povo de Israel, o Grande Libertador. O Filho de Deus vivo. Dizer Filho’, queria dizer igual’. abismo profundo de significado! O Deus vivo é o Deus que tem a vida por si próprio, que dá a vida a todos os seres, a todo o Universo. aquele Jesus, amigo deles, o Filho do Deus vivo! a definição estava dada, a identidade exposta.

agora fala o Mestre, que identifica o seu «identificador: Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas o Meu Pai que está nos Céus. E a ti também eu digo: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não levarão a melhor contra ela Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus Tudo o que ligares na terra será ligado também nos Céus. agora Pedro é o identificado. O que a declaração de Jesus significava não podia ser então plenamente conhecido pelos apóstolos. Viria mais tarde o Espírito de Deus fazê-lo. através dos tempos, números sem conta de homens e mulheres continuam a voltar àquela definição de Pedro para satisfazerem a sua sede de infinito e de realização. Milhões de pessoas desde então sofrem os ataques, mortais mesmo, das forças do Inferno’. aos milhares, vão os mártires de todos os tempos dando o seu contributo para a construção da Igreja, testemunhas sacrossantas da presença do Filho de Deus Vivo na nossa Terra dos Homens.como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus!, exclama a 2a Leitura da Missa de hoje. Do coração, Senhor, eu vos dou graças. Na presença dos anjos, hei-de louvar-Vos, dar-Vos-ei graças pelo Vosso amor e a Vossa fidelidade, agradecemos nós com o salmo responsorial. E, de coração pleno, vivemos jubilosos a identidade de Cristo: O Messias, o Filho do Deus vivo!.