Pelo menos 11 pessoas morreram, em Honduras, num confronto armado entre camponeses e agentes de segurança de grandes proprietários, em Bajo aguán, a norte do país. 600 militares e polícias serão enviados para a região para prevenir novos confrontos
Pelo menos 11 pessoas morreram, em Honduras, num confronto armado entre camponeses e agentes de segurança de grandes proprietários, em Bajo aguán, a norte do país. 600 militares e polícias serão enviados para a região para prevenir novos confrontosDe acordo com as autoridades governamentais, o confronto teve origem em disputas pela posse de terras. Seis pessoas morreram no domingo e cinco cadáveres foram descobertos na segunda-feira, em Tocoa, no estado de Cólon. Bajo aguán é uma zona fértil em que prolifera o cultivo de palmeiras africanas, bananeiras e frutas cítricas. Os «fazendeiros adquiriram a posse das terras da região graças à reforma agrária. Os camponeses lutam agora para recuperá-las, adianta a agência ansa.
Na luta pela terra já morreram cerca de 50 trabalhadores, de acordo com o Movimento Unificado Campesino del Águan. O ministro da Segurança, Óscar alvarez, já determinou o envio de 600 militares e polícias para a região para prevenir novos confrontos. as armas de guerra serão apreendidas e os portadores serão acusados de porte ilegal de armas, cuja pena pode estender-se aos nove anos de prisão. Segundo o vice-ministro da Segurança, armando Calidonio, alegadamente, o confronto envolveu centenas de camponeses que atacaram os agentes; quatro dos mortos seriam guardas de segurança.