41 crianças foram dadas como desaparecidas em 2010. a maioria fugiu de casa, mas também houve raptos parentais e fugas de instituições
41 crianças foram dadas como desaparecidas em 2010. a maioria fugiu de casa, mas também houve raptos parentais e fugas de instituições25 crianças que desapareceram tinham afinal fugido de casa. Em dez casos verificou-se que se tratou de rapto parental e em seis situações houve fuga dos menores das instituições onde se encontravam. Os dados são do relatório do SOS-Criança, um organismo criado em 1989 pelo Instituto de apoio à Criança (IaC), e divulgado pela Lusa.

Os menores estiveram desaparecidos entre dois dias e uma semana (10), entre uma a duas semanas (5) e entre duas a três semanas (3). Duas crianças estiveram incontactáveis durante mais de um mês e, em três casos, os menores desapareceram durante mais de meio ano. Quatro casos de desaparecimento durante mais de nove meses e três menores mais de um ano.

Quando foram encontrados 12 estavam com o progenitor, 16 com os companheiros ou amigos e cinco com os irmãos. 15 acabaram por regressar a “casa” por sua iniciativa, enquanto que em seis situações foi necessária a intervenção de familiares ou polícia. Duas crianças não quiseram regressar a casa ou instituição e nove têm processo aberto. 12 crianças eram reincidentes no desaparecimento.

a fuga deve-se principalmente a conflitos familiares, seguindo-se a internet e a influência de amigos. a violência doméstica foi responsável por quatro desaparecimentos e os maus-tratos por três. O relatório refere casos de doenças psiquiátricas, negligência, problemas comportamentais, entre outros.

31 raparigas e 10 rapazes desapareceram em 2010: 11 numa sexta-feira, sete na quinta -feira e outros cinco casos na segunda-feira. Quanto às idades, cinco jovens tinham 16 anos e quatro 17 anos, mas seis tinham três anos. 11 dos desaparecimentos verificaram-se em Lisboa. Logo de seguida aparecem Évora e Bragança com quatro casos registados em cada um dos distritos.

Quando se verificou rapto parental, em 13 casos os pais ainda estavam casados, oito estavam divorciados, seis estavam separados e havia duas uniões de facto ou solteiros. O estado civil dos pais de nove crianças desaparecidas manteve-se desconhecido até agora.