Em 2015, ano em que devem ser alcançados os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, haverá 2,7 bilhões de pessoas sem acesso ao saneamento básico, prevê uma relatora das Nações Unidas. «Estamos a viver uma verdadeira crise trágica», alerta
Em 2015, ano em que devem ser alcançados os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, haverá 2,7 bilhões de pessoas sem acesso ao saneamento básico, prevê uma relatora das Nações Unidas. «Estamos a viver uma verdadeira crise trágica», alertaCatarina de albuquerque, relatora das Nações Unidas para o direito à água e ao saneamento básico, afirmou que o número de pessoas sem acesso ao esgoto tratado deverá aumentar em mais 100 milhões até 2015. À Rádio das Nações Unidas, apontou que as obras de saneamento não decorrem a um ritmo ideal.

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, incluindo o acesso à água potável e ao saneamento, devem ser alcançados até 2015. «O progresso que se está a alcançar não está a acompanhar o ritmo de crescimento da população. Prevê-se que em 2015, que é a meta dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, o número seja pior e que passe de 2,6 bilhões para 2,7 bilhões, adiantou. «Estamos a viver uma verdadeira crise trágica nesta matéria; eu acho que é preciso maior empenho, maior visibilidade e que é importante fazermos mais e melhores progressos, considera a relatora.

Segundo as Nações Unidas, actualmente, 2,6 bilhões de pessoas vivem sem acesso ao esgoto tratado. É um dos grandes desafios que o Brasil enfrenta: em várias cidades brasileiras, mais de 90 por cento dos habitantes não têm acesso ao saneamento básico. Em muitos países pobres, o consumo de água contaminada é uma das principais causas de morte devido a doenças e infecções.