Um esqueleto, encontrado recentemente no Forte de Jesus, em Mombaça, Quénia, chama a atenção para a história esquecida dos “mártires de Mombaça”. Uma descoberta casual, junto à igreja do forte.
Um esqueleto, encontrado recentemente no Forte de Jesus, em Mombaça, Quénia, chama a atenção para a história esquecida dos “mártires de Mombaça”. Uma descoberta casual, junto à igreja do forte. O Forte de Jesus em Mombaça, construído pelos portugueses em 1597 e mantido por Portugal até 1698, exibe agora um esqueleto descoberto tempos atrás. ao que tudo indica, é de um dignitário português. Uma dupla cruz de bronze desenterrada juntamente com o esqueleto parece atestar que os restos são de um eclesiástico.

Não era habitual nessa altura sepultar corpos dentro do forte e, por isso, o esqueleto agora descoberto reveste-se de uma importância histórica. Para já, são apenas restos mortais não identificados.

a descoberta foi puramente casual. Em campo aberto, junto ao local onde existiu a igreja do forte, um trabalhador deparou-se com uma estrutura de ferro ao remexer o terreno. O local foi escavado levando à descoberta de um crânio, assim como de todo o esqueleto e da mencionada cruz.

Quem sabe lá se este não foi afinal um dos chamados “mártires de Mombaça”, um grupo de cristãos portugueses e africanos que aquando da tomada do forte pelos árabes preferiram a morte à apostasia.

Pode ser que o governo português, um dia, se prontifique a subsidiar pesquisas que derramem luz sobre a identidade deste misterioso esqueleto e sobre a cruz de bronze que o ornava.

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