Cubanos têm de aderir às reformas propostas pelo VI Congresso do partido comunista cubano, para evitar o colapso da economia. O presidente de Cuba criticou a “inércia” e “indiferença” na aplicação dessas reformas, avisando que a resistência será inútil
Cubanos têm de aderir às reformas propostas pelo VI Congresso do partido comunista cubano, para evitar o colapso da economia. O presidente de Cuba criticou a “inércia” e “indiferença” na aplicação dessas reformas, avisando que a resistência será inútilO maior obstáculo que enfrentamos no cumprimento dos acordos do VI Congresso é a barreira psicológica formada pela inércia, o imobilismo, a simulação ou dupla moral, a indiferença e insensibilidade, que estamos obrigados a ultrapassar com firmeza, alertou Raul Castro. ao falar na sessão de encerramento do plenário do parlamento cubano, em Havana, o presidente avisou: Seremos pacientes e perseverantes perante as resistências à mudança, sejam estas conscientes ou inconscientes. alerto que toda a resistência burocrática ao estrito cumprimento dos acordos do Congresso, apoiados massivamente pelo povo, será inútil. Segundo refere a agência Lusa, Raul Castro ameaçou recorrer ao Ministério Público e aos tribunais para exigir responsabilidades aos infractores, seja quem forem. Raul Castro iniciou a sua intervenção explicando que a economia cubana cresceu 1,9 por cento no primeiro semestre de 2011 em relação a igual período do ano anterior. as previsões apontam para um crescimento de 2,9 por cento do PIB até finais de ano. apesar de os resultados em geral serem positivos, persistem incumprimentos na agricultura, indústrias alimentares, metalomecânica e materiais para a construção, devido a erros no planeamento e falta de integridade na direcção destes sectores da economia, alertou o presidente cubano. Segundo Raul Castro, os efeitos da crise económica global e o aumento dos preços dos alimentos tornam imprescindível reinstaurar a disciplina financeira na economia e terminar com a superficialidade e negligência que caracterizam as relações de cobranças e pagamentos no país. O governo cubano tem flexibilizado o trabalho por conta própria e o seu regime tributário, tem simplificado os trâmites para a transferência da propriedade de casas e automóveis, assim como a política bancária e de créditos a pessoas naturais, a comercialização e diversos equipamentos.