«ainda não temos uma ideia clara do que será do Egipto. Caminhamos no escuro», constata Luciano Verdoscia, missionário comboniano. Jovens revolucionários e membros da Irmandade Muçulmana estão em desacordo
«ainda não temos uma ideia clara do que será do Egipto. Caminhamos no escuro», constata Luciano Verdoscia, missionário comboniano. Jovens revolucionários e membros da Irmandade Muçulmana estão em desacordoNa capital do Egipto, Cairo, dezenas de milhares de pessoas voltaram a manifestar-se na Praça Tahrir, em resposta a um apelo lançado pelo movimento islâmico, Irmãos Muçulmanos. além de reivindicações políticas, como o pedido de julgamento do ex-presidente, Hosni Mubarak, os manifestantes apelavam: «Islã, islã, não queremos um Estado liberal, «O povo quer a aplicação da Charia [lei religiosa islâmica], «Islâmico, nem ocidental nem oriental. Segundo Luciano Verdoscia, citado pela agência Fides, há atritos entre os jovens revolucionários e membros da Irmandade Muçulmana. «Os jovens protagonistas da revolução dos meses precedentes querem um governo mais democrático, explica. Por outro lado, «os Irmãos Muçulmanos apelam à identidade religiosa. O sacerdote lembra que «ainda boa parte da população egípcia vive em áreas rurais. Estas pessoas não têm cultura e a sua identidade é apenas a religiosa.
« a revolução foi capaz de abater o sistema autoritário de Mubarak, mas ainda não temos uma ideia clara do que será do Egipto. Caminhamos no escuro, constata o missionário comboniano.