Reitor do Santuário de Fátima lembrou o trabalho desenvolvido pelos muitos voluntários que se colocam ao serviço dos mais necessitados
Reitor do Santuário de Fátima lembrou o trabalho desenvolvido pelos muitos voluntários que se colocam ao serviço dos mais necessitados«Nestes tempos difíceis que vivemos, cresce a sede de milagres: gostaríamos que Deus viesse resolver, de forma imediata, fácil e indolor, os nossos problemas e os problemas daqueles que nos cercam, afirmou o reitor do Santuário. Na homilia deste domingo, Carlos Cabecinhas salientou que Jesus continua a fazer milagres, mas fá-los através dos homens. «Jesus continua a multiplicar os pães e a saciar a fome, mas fá-lo através da nossa partilha e atenção aos outros”.

O desafio, hoje em dia, consiste na compaixão, em «dispor-se a sofrer com, não numa atitude tão estéril como passiva de quem se dá conta do sofrimento que o cerca, sem nada fazer; a compaixão é sentir como seu o sofrimento dos outros, mas com a intenção de fazer qualquer coisa por aquelas pessoas: aliviar o seu sofrimento, libertá-los daquilo que os oprime, dar-lhes a alegria de viver, disse.

«Como não recordar que, nestes tempos de necessidade e privação para tantas pessoas, tenha aumentado o volume das ofertas para os mais pobres, a partilha de quem tem pouco, mas que faz o milagre de multiplicar os pães?, sublinhou. O milagre da multiplicação dos pães acontece sempre que, «como Jesus, nos enchemos de compaixão e nos dispomos a partilhar, a ajudar, em vez de nos limitarmos a despedir os que, a nosso lado, sofrem com um seco “arranja-te”.