«Não podemos ficar indiferentes à tragédia de fome e seca», afirmou o Papa, perante centenas de fiéis, na sua residência de Verão
«Não podemos ficar indiferentes à tragédia de fome e seca», afirmou o Papa, perante centenas de fiéis, na sua residência de Verão«Devemos ser sensíveis à pobreza dos povos, defendeu Bento XVI, lembrando que é preciso partilhar «o pão com os necessitados. O Pontífice convidou os fiéis a «pensarem nos muitos irmãos e irmãs que, nestes dias, no Corno de África, estão a sofrer as consequências dramáticas da fome, agravadas pela guerra e pela ausência de instituições sólidas.

O Santo Padre tem acompanhado a crise nesta região com preocupação. É já a segunda vez que se refere ao problema, tendo mencionado a seca na Somália e em países vizinhos. alertou a comunidade internacional para que se movimentasse rapidamente na ajuda às centenas de milhares de pessoas que fogem da seca e da fome e o Vaticano enviou 50 mil euros para a região.

Milhares de refugiados estão a procurar abrigo em acampamentos na Etiópia e no Quénia, à procura de comida após várias temporadas sem chuva, o que matou o gado e as plantações. a seca já matou dezenas de milhares de pessoas e ameaça actualmente 12 milhões de pessoas na Somália, no Quénia, na Etiópia, no Djibouti, no Sudão e no Uganda. Na Somália, a Organização das Nações Unidas declarou o estado de fome em duas regiões, Bakool e Lower Shabelle, controladas pela milícia islâmica radical Shebab, que proibe o acesso a certas organizações humanitárias.