a inclusão das camadas sociais mais pobres é preocupação da Igreja e do novo governo que pretende melhorar o nível de vida dos peruanos. país tem de combater a pobreza crónica resultante da concentração dos meios de produção e de desastres naturais
a inclusão das camadas sociais mais pobres é preocupação da Igreja e do novo governo que pretende melhorar o nível de vida dos peruanos. país tem de combater a pobreza crónica resultante da concentração dos meios de produção e de desastres naturaisNo campo social, que é o que nos toca, na cooperação em tudo o que nos diz respeito, da nossa parte está prevista total colaboração, com o governo do novo presidente do Peru, Ollanta Humala, afirmou o ex-presidente da Conferência dos Bispos do Peru, Luis Bambaren. a inclusão é um grande empenho, muito difícil, mas deve ser também o risco quando se procura estar ao lado dos esquecidos durante várias gerações, explicou o bispo. Segundo o prelado, o discurso do presidente à nação foi muito abrangente. abordou as temáticas relativas à situação dos mais pobres, que foram envolvidos durante a campanha eleitoral. O presidente Ollanta Humala comprometeu-se a dedicar todas as suas energias a apagar o rosto da pobreza gritante e da exclusão social, na construção de um Peru para todos, sempre atento aos mais vulneráveis dos nossos irmãos. Esta mensagem, segundo o bispo, desperta a esperança, comprometendo todos os peruanos no êxito da nova governação. Já não se trata de questões políticas, mas de um verdadeiro sentido humanitário, estar ao lado dos mais esquecidos. Os desafios do presidente peruano são muitos. a maior preocupação é, sem dúvida, a pobreza, que atinge mais de um quinto da população. Um estudo intitulado É possível prevenir a pobreza?, do economista peruano Juan Chacaltana, aponta para existência de dois grandes tipos de pobreza, com causas distintas e que devem ser combatidos separadamente. O que distingue uma da outra é o tempo que a pessoa permanece em dificuldade financeira. Uma forma de pobreza é a crônica ou de longa duração, decorrente principalmente da concentração dos meios de produção nas mãos de uma elite, processo que prejudica a renda das pessoas mais vulneráveis. O outro tipo de pobreza é o temporário ou transitório, causado por acontecimentos externos, que têm efeito directo sobre o bem-estar dos moradores de determinada região.