Muito nos orgulhamos dos avanços da tecnologia. E bem razão temos para isso! as ciências têm-se desenvolvido de maneira assombrosa. Por outro lado, lemos números terrí­veis de seres humanos que morrem à fome, embora não faltem meios para a combater
Muito nos orgulhamos dos avanços da tecnologia. E bem razão temos para isso! as ciências têm-se desenvolvido de maneira assombrosa. Por outro lado, lemos números terrí­veis de seres humanos que morrem à fome, embora não faltem meios para a combaterao lermos certas estatísticas, ficamos profundamente chocados com o que acontece no nosso mundo de hoje.como por exemplo: 925 milhões de pessoas não têm o suficiente para comer; 22 mil crianças morrem de fome todos os dias. Mas, paremos com as estatísticas. O que temos aqui são factos humanos, milhões e milhões de irmãs e irmãos nossos experimentam no seu corpo e no seu espírito todos os dias: a luta pela sobrevivência. Porque temos orgulho em pertencer a esta nossa nação, consideremos o seguinte facto: há alunos em escolas de Portugal que passam fome nas suas casas, porque os pais estão desempregados e têm apenas um copinho de leite para lhes dar à ceia. Mas outra verdade é que há em Portugal gente com meios abundantes, super-abundantes mesmo, que podiam fazer muito mais para evitar esta tragédia.

O que não há é vontade de resolver tais problemas horríveis: o egoísmo é superior ao mandamento do amor que implica a partilha; a avareza destrói o conceito de justiça; o desinteresse pelo próximo anula a caridade. Sim, temos de dizer a verdade: há muitas pessoas e grupos que fazem grandes esforços para aliviar as consequências da crise em que vivemos. Bem hajam! Deus os tenha sempre perto do seu Coração! Mas também devemos afirmar que há bastante gente que ganha milhões por ano, que gasta rios de dinheiro numa vida às vezes louca ou que tem o seu muito dinheiro em bancos de nações injustas, cujo segredo dá a estes ricos a possibilidade de não pagarem taxas e impostos. Em relação a estes factos, têm os governantes das nações a obrigação grave e solene de fazerem leis que acabem com esta discriminação contra os pobres.

Também parece estranho que os grandes meios de comunicação social não digam toda a verdade acerca das grandes injustiças que se cometem contra os necessitados. Tomou o Senhor Jesus os pães e os peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou a bênção. Partiu e deu o pão aos discípulos e os discípulos o deram às multidões. Fez o mesmo com os peixes, e todos comeram e ficaram saciados. Sejam a paz e a bênção de Deus a vossa contínua herança, para vós que, praticando as obras de misericórdia, deis de comer a quem tem fome.