Cerca de sete mil pessoas refugiaram-se num estádio da capital logo a seguir ao sismo, em Janeiro de 2010. Centenas de famílias, instaladas nas proximidades da estrutura desportiva, foram expulsas
Cerca de sete mil pessoas refugiaram-se num estádio da capital logo a seguir ao sismo, em Janeiro de 2010. Centenas de famílias, instaladas nas proximidades da estrutura desportiva, foram expulsasCerca de 500 famílias do Haiti foram expulsas à força dos abrigos temporários onde se refugiaram depois do violento sismo de 2010, no centro da capital, Porto Príncipe. É a terceira vez que as mesmas ficam desabrigadas desde a tragédia que ocorreu em Janeiro do ano passado, denuncia a amnistia Internacional.

as expulsões começaram na semana passada nos arredores do estádio Sylvio Cator. Cerca de sete mil pessoas refugiaram-se na estrutura desportiva nos dias que seguiram ao terramoto. Tendo sido expulsas em abril de 2010, algumas centenas de famílias instalaram-se provisoriamente nas proximidades do estádio.

as autoridades municipais entregaram às famílias 174 euros para saírem, mas não as avisaram com o tempo necessário nem lhes apresentaram outras soluções de realojamento. ao colocar famílias [a viver] na rua pela terceira vez desde o sismo de 2010, as autoridades haitianas estão a faltar à obrigação de proteger o direito a um nível vida suficiente e ao alojamento adequado, lembra Javier Zuniga, conselheiro especial da amnistia Internacional.

No Haiti, existem milhares de acampamentos improvisados. Mais de 600 mil cidadãos continuam a viver em campos em condições precárias. Cerca de 160 mil correm o risco de serem expulsas, segundo a Organização Internacional para as Migrações.