as agressões e ameaças têm vindo a aumentar desde 2010 e também afectam os sacerdotes que ajudam os migrantes. a Pastoral da Mobilidade Humana do México tem cerca de 50 casas para migrantes em todo o país
as agressões e ameaças têm vindo a aumentar desde 2010 e também afectam os sacerdotes que ajudam os migrantes. a Pastoral da Mobilidade Humana do México tem cerca de 50 casas para migrantes em todo o paísUm relatório da Comissão da Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), citado pela agência Fides, revela que, nos últimos anos, a violência contra os defensores de migrantes no México tem vindo a aumentar. Desde 2004, foram registados 62 incidentes; o aumento verifica-se em particular desde 2010. O relatório foi apresentado dias antes da chegada do relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos dos trabalhadores migrantes, ao país.

Rafael Romo, arcebispo de Tijuana e responsável da Pastoral da Mobilidade Humana da CEM, lembrou que a violência também se estende aos sacerdotes que ajudam essas populações. a Pastoral possui cerca de 50 casas para migrantes, em todo o país. Uma delas é dirigida por alejandro Solalinde, sacerdote que chamou a atenção para a questão do rapto de migrantes na região, e que já foi sofreu diversas ameaças.

Milhares de migrantes, em particular de países da américa Central, tentam atravessam o México em direcção aos Estados Unidos da américa. Suportam diversos tipos de ameaças e são objecto de sequestros e homicídios por parte de grupos criminosos e até mesmo das autoridades.

De acordo com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, entre abril e Setembro de 2010, foram raptados mais de 11 mil migrantes em 214 sequestros de grupo. O grupo de narcotraficantes, Los Zetas, é apontado como um dos principais responsáveis, embora as autoridades mexicanas já tenham admitido o envolvimento de alguns funcionários.