Estruturas de saúde atravessam sérias dificuldades devido ao afluxo de pessoas vindas de regiões afectadas pela seca. Pobres também se deslocam pois já não têm o que comer
Estruturas de saúde atravessam sérias dificuldades devido ao afluxo de pessoas vindas de regiões afectadas pela seca. Pobres também se deslocam pois já não têm o que comerNos hospitais da capital da Somália, os medicamentos começam a faltar devido à chegada em massa de pessoas deslocadas devido à seca. O número de pessoas vítimas da fome está a aumentar, pois as regiões que escapavam a essa condição climatérica estão afectadas, adianta a agência Irin. Os habitantes deslocam-se para a capital e zonas urbanas do centro sul do país em busca de ajuda.

De acordo com Reuben BrigetyII, responsável estatal pelas populações refugiadas e migrantes, por norma, as pessoas que se deslocam são aquelas que têm meios financeiros para o fazer. Mas, a crise actual é diferente: Constatamos que mesmo as populações somalianas mais pobres partem – agricultores, criadores [de gado], pessoas que simplesmente já não têm nada para comer.

Segundo aden Ibrahim, ministro da saúde do governo de transição, Mogadíscio já tem meios para fazer face ao afluxo de pessoas deslocadas. O hospital de Banadir, o mais importante da capital, já esgotou as suas reservas de medicamentos. Nenhuma organização nos oferece apoio directo, lamenta a directora. Em cada 100 crianças que o hospital recebe, a cada dia, três ou quatro morrem.