Grupo de detidos frequenta aulas para aprender a ler e escrever e depois ensinar os colegas de cela. Segundo dados das Nações Unidas, o í­ndice de analfabetismo no Haiti, entre os 15 e 24 anos, é de 27,7 por cento
Grupo de detidos frequenta aulas para aprender a ler e escrever e depois ensinar os colegas de cela. Segundo dados das Nações Unidas, o í­ndice de analfabetismo no Haiti, entre os 15 e 24 anos, é de 27,7 por centoNa prisão Cap Haitien, no Haiti, 10 prisioneiros aprendem a ler e a escrever através de um projecto inédito desenvolvido pelas Nações Unidas. Os formandos foram seleccionados entre 608 prisioneiros. Os critérios de escolha foram os seus escassos conhecimentos de leitura. Pretende-se que, no fim das aulas, os prisioneiros dêem formação aos seus companheiros de cela, transmitindo-lhes os seus conhecimentos. Graças à iniciativa, ao saírem da prisão poderão ler, perfeitamente, uma carta ou email que receberem, explica o professor, Bruno Wilbert. Segundo dados das Nações Unidas, o índice de analfabetismo no Haiti, entre os 15 e os 24 anos, é de 27,7 por cento.

Os prisioneiros também são treinados para terem um comportamento não-violento. alguns prisioneiros tendem a ter atitudes violentas e é importante que recebam esta formação psicológica, defende o professor, citado pela Rádio das Nações Unidas. Jean Baptiste, um dos prisioneiros, garante que as aulas estão a gerar mudanças. O formando fala num professor que além de ensinar bom comportamento, também está a fazer deles um modelo para que eles possam ensinar aos outros prisioneiros o que aprenderam. a iniciativa abrange outras prisões do país. Prevê-se que o projecto continue; o objectivo para a próxima fase é leccionar quase 400 prisioneiros.