Tapete de flores, colchas brancas desfraldadas ao vento, um longo cortejo de fiéis e sacerdotes acompanharam o neo-sacerdote Marcos Coelho até ao altar do mosteiro de Paço de Sousa, Penafiel
Tapete de flores, colchas brancas desfraldadas ao vento, um longo cortejo de fiéis e sacerdotes acompanharam o neo-sacerdote Marcos Coelho até ao altar do mosteiro de Paço de Sousa, PenafielUma longa celebração, quase duas horas de emoções, encheram a primeira missa do padre Marcos Coelho, ordenado na Sé do Porto a 10 de Julho, celebrada na sua paróquia de Paço de Sousa. a multidão de fiéis enchia por completo o templo, um dos maiores legados românicos do Norte de Portugal. acompanhava o jovem sacerdote um grupo numeroso de sacerdotes, quase todos missionários da Consolata. Destacava-se entre todos, um que trabalha na Coreia do Sul, país onde o neo-sacerdote irá, em breve, exercer as primícias do seu sacerdócio.

Emocionado e algo nervoso, Marcos Coelho iniciou a celebração da Eucaristia agradecendo a presença da comunidade no seio da qual nasceu e amadureceu a sua vocação missionária e sacerdotal. Depois da proclamação da Palavra de Deus, o neo-sacerdote dirigiu-se ao povo de forma familiar, colocando-se ao centro, em frente do altar. Num discurso improvisado, falou a partir da cábula que tenho aqui à minha frente, apontando para o desenho do belo paramento que o revestia. Proclamou a sua fé em Deus uno e trino, em que Jesus, nascido do ventre de Maria, se faz semente da terra.

a solenidade e a alegria da missa nova de Marcos Coelho, na sua terra natal, foram mais engrandecidas com a celebração das bodas de prata de consagração religiosa da sua tia, irmã anistalda, missionária da Consolata. No final da homília, a religiosa, que desenvolve a sua actividade missionária na Guiné-Bissau, depôs nas mãos do sobrinho, neo-sacerdote o seu compromisso renovado: Diante desta comunidade renovo a Deus os votos de obediência, castidade e pobreza para se dedicar ao serviço de Deus e da Igreja. Soaram então 12 badaladas, no sino do templo, a 17 de Julho de 2011.

antes de terminar a celebração, o superior provincial, padre Norberto Louro, recordou a sua primeira visita a Paço de Sousa: Estive aqui há 19 anos para o envio da irmã anistalda para as missões de Moçambique. Tinha o Marcos 12 anos. E acrescentou: Hoje vim aqui de novo, como missionário da Consolata, para participar na sua missa nova solene, celebrada perante esta comunidade, onde o Senhor bateu à porta muitas vezes. Norberto Louro sublinhou a beleza do dom de Deus que bate à porta e da resposta de quem a abre, e dirigiu um apelo aos jovens: Oiçam, lá no fundo do coração, o Deus que passa, o Deus que bate e o Deus que quer continuar a chamar gente de Paço de Sousa e a enviá-los pelo mundo para anunciar o seu Reino. a belíssima celebração terminou com a tradicional cerimónia do beija-mão.