O rendimento monetário liquido equivalente dos 20 por cento da população com maiores recursos correspondia a 5. 6 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com mais baixos recursos
O rendimento monetário liquido equivalente dos 20 por cento da população com maiores recursos correspondia a 5. 6 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com mais baixos recursosConsiderando apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 43. 4 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2009. Os números são do Instituto Nacional de Estatística (INE) num relatório divulgado. Mesmo contabilizando as transferências sociais e os rendimentos provenientes de pensões de reforma e sobrevivência, a taxa de risco de pobreza em Portugal manteve-se, em 2009, nos 17. 9 por cento.

O contributo das transferências sociais reduziu em 8. 5 pontos percentuais a proporção da população em risco de pobreza, significando um aumento deste contributo face ao ano anterior (cerca de 6. 5 pontos percentuais), revela o inquérito sobre as condições de vida em 2010 (dados provisórios). E sem as pensões e os restantes apoios, já 25. 3 por cento da população nacional estaria em risco de pobreza severa ou exclusão social. Contas feitas, um quinto dos habitantes vivia com rendimentos inferiores a 434 euros por mês (salário mínimo em vigor em 2009).

O risco de pobreza para a população mais idosa encontrava-se em 21 por cento, revelando um aumento em relação a 2008. (20. 1 por cento). Verificou-se também um aumento para a população desempregada, onde foi registada uma percentagem de risco de 36. 4 por cento. Mantém-se a tendência de redução da desigualdade na distribuição dos rendimentos, revela o INE. O racio atingia o valor de 9. 2 por cento se a parcela de população considerada em termos de mais altos e mais baixos recursos fosse de 10 por cento (10. 3 de acordo com o inquérito do ano anterior).

O mesmo relatório revela ainda que em 2010, a privação material severa atingia nove por cento da população residente. 22. 5 por cento viviam em situação de privação material revelando-se incapazes de pagar uma semana de férias por ano fora de casa, manter a casa adequadamente aquecida ou ter uma refeição de carne ou de peixe pelo menos de dois em dois dias. a diferença entre a privação material severa e a privação material revela-se em casos em que não existam três dos nove itens estudados ( refeições, habitação, entre outros). Dados provisórios aqui.