Populações deslocadas devido ao conflito interno no país africano devem ser acompanhadas psicologicamente. Sentimentos de medo, incerteza e stress não devem ser subestimados defende a Organização Internacional para as Migrações
Populações deslocadas devido ao conflito interno no país africano devem ser acompanhadas psicologicamente. Sentimentos de medo, incerteza e stress não devem ser subestimados defende a Organização Internacional para as MigraçõesDesde Fevereiro, mais de um milhão de pessoas fugiram da Líbia. Cerca de metade passaram por experiências traumáticas ao tentar escapar à violência da crise política que se instaurou no país africano. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), os cidadãos deslocados terão de receber acompanhamento psicológico para ultrapassar sentimentos de medo, desorientação, raiva e tristeza. Há mais mulheres e crianças a necessitar de apoio, embora o número de homens nessa condição esteja a aumentar.

O medo, a incerteza e o stress que resultam do conflito na Líbia, onde viviam muitos migrantes há várias décadas, não deve ser subestimado, defende Guglielmo Schininà, responsável pela secção de saúde mental, ajuda psicossocial e comunicação intercultural da organização. O apoio dado aos refugiados consiste em cuidados psicológicos primários, escuta e sessões de grupo. a OIM participa em actividades desenvolvidas no Níger e no Chade, para onde regressaram cerca de 160 mil migrantes. a entidade insiste sobre a necessidade do apoio não ser apenas transitório e manter-se depois dos refugiados regressarem às suas casas.