Bento XVI vai enviar uma delegação oficial para a cerimónia de proclamação da independência do Sudão do Sul, que decorre este sábado, 9 de Julho
Bento XVI vai enviar uma delegação oficial para a cerimónia de proclamação da independência do Sudão do Sul, que decorre este sábado, 9 de Julhoapós cinco décadas de conflito com o regime de Cartum, o Sudão do Sul torna-se um estado independente. Continuam por resolver questões como a demarcação de fronteiras, a partilha das receitas do petróleo e a situação dos cidadãos sul-sudaneses que residem no Norte. Continuam a ser disputados os territórios de abyei (rico em petróleo) e do sul Kordofan (habitado pela população Nuba, que não aceita permanecer sob o governo de Cartum), adianta a Rádio Vaticano.

a delegação a esta cerimónia de independência será liderada pelo cardeal John Njue, arcebispo de Nairobi, Quénia; núncio apostólico no Sudão, Leo Boccardi, e o seu secretário, Javier Herrera Corona. O Papa expressa às autoridades do novo Estado e a todos os seus cidadãos, muitos dos quais são católicos, votos de paz e de prosperidade, adianta o padre Frederico Lombardi, em comunicado.

a Santa Sé pede à comunidade internacional que apoie o Sudão e o Sudão do Sul para que, num diálogo franco, pacífico e construtivo, encontrem soluções justas e equilibradas para as questões ainda por resolver, desejando para as populações um caminho de paz, de liberdade e de desenvolvimento. Um referendo sobre a independência, no sul do país, abriu caminho para a independência de nove milhões de habitantes, maioritariamente cristãos. No norte, a maioria tem levado a cabo uma islamização da sociedade.

Nesta quinta-feira, o arcebispo Dominique Mamberti, secretário do Vaticano para as relações com os Estados, recebeu uma delegação parlamentar do Sudão, guiada por ahmed Ibrahim Elthair, presidente da assembleia. O número dois da diplomacia da Santa Sé pediu paz, reconciliação e o respeito pelos direitos de todos, em particular pela liberdade religiosa.