Em apenas dois anos, 12 jornalistas hondurenhos foram assassinados. O jornalismo tornou-se uma profissão de alto risco no país da américa Central que viveu um golpe de estado, em Junho de 2009
Em apenas dois anos, 12 jornalistas hondurenhos foram assassinados. O jornalismo tornou-se uma profissão de alto risco no país da américa Central que viveu um golpe de estado, em Junho de 2009O caso mais recente decorreu na segunda-feira, 5 de Julho. adán Benítez, que trabalhava para a Rádio Macintosh e para o Canal 13, regressava a casa quando foi atacado e morto por dois homens não identificados. a polícia acredita que se trate de um assalto; já organizações sociais admitem a possibilidade de o crime estar relacionado com a profissão da vítima. Na semana passada, o jornalista denunciou um grupo de criminosos que se dedicava ao roubo de carros. adán Benítez tinha 42 anos e 15 de carreira. Trata-se do 12º jornalista assassinado em dois anos, adianta a agência adital.

Segundo o Comité pela Livre Expressão, em 2010, foram assassinados 11 comunicadores sociais, registaram-se 14 ameaças de morte, sete agressões, dois assédios, duas prisões, um ataque às instalações de um órgão de comunicação, três sequestros e actos de censura. as ameaças não só afectam os jornalistas como também se estendem às suas famílias, em alguns casos. O Comité alerta que a Secretaria de Segurança do país não protege os jornalistas ameaçados, como é seu dever. É de destacar que estas evidentes realidades contribuem para manter e aprofundar a impunidade, assim como a situação de risco na qual os comunicadores exercem seu trabalho, cenário que se aprofunda pela incerteza, pela insegurança existente e pela indefesa dos cidadãos ante as instituições que não actuam conforme os seus mandatos e atribuições.