Violação de centenas de pessoas no Kivu do Norte em 2010 podem ser considerados crimes contra a humanidade e de guerra. Criminosos têm de responder na justiça
Violação de centenas de pessoas no Kivu do Norte em 2010 podem ser considerados crimes contra a humanidade e de guerra. Criminosos têm de responder na justiça a violação de centenas de pessoas no leste da República Democrática do Congo (RDC) no ano passado podem ser considerados crimes contra a humanidade e crimes de guerra, segundo um novo relatório das Nações Unidas, que exorta o governo a levar os criminosos à justiça.
O relatório concluiu que cerca de 200 combatentes de dois grupos rebeldes – as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda e os Mayi Mayi Sheka – atacaram sistematicamente civis em 13 aldeias, em território Walikale, na província de Kivu do Norte, entre 30 de Julho e 2 de agosto de 2010, e roubaram a maioria destas aldeias, violaram centenas de civis, principalmente mulheres, mas também homens e crianças, e sequestraram mais de uma centena de pessoas que foram submetidas a trabalho forçado. ao usar o estupro como arma de guerra, como meio de terror e ao garantir a escravização de civis, estes grupos armados violaram as convenções de Genebra, de acordo com o relatório, da co-autoria de investigadores do Gabinete das Nações Unidas do alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR) e da missão de paz da ONU na RDC (MONUSCO).