Expulsões forçadas afectam comunidades ciganas da Roménia. Representam cerca de 10 por cento da população, mas uma grande parte vive em condições de pobreza, em estruturas consideradas ilegais
Expulsões forçadas afectam comunidades ciganas da Roménia. Representam cerca de 10 por cento da população, mas uma grande parte vive em condições de pobreza, em estruturas consideradas ilegaisO sistema jurídico da Roménia obriga comunidades Roma a viver em condições deploráveis, revela a amnistia Internacional, num recente relatório. O direito à habitação não é reconhecido nem protegido pela legislação o que afecta todos os cidadãos e em particular os mais pobres; a intolerância e os preconceitos sobre os Roma, associados à falta de normas sobre alojamento adequado, incentivam a discriminação das comunidades ciganas por parte das autoridades, constata a organização de defesa dos direitos humanos.

No relatório, a amnistia Internacional aponta para as expulsões forçadas, sem pré-aviso e realojamento assegurado, ou reinstalação em alojamentos inadequados. Cerca de dois milhões de ciganos vivem na Roménia; representam cerca de 10 por cento da população total. 75 por cento vivem na pobreza. São muito poucos os que possuem terrenos ou outros bens. Muitos vivem em estruturas permanentes, que ocupam há vários anos, mas que as autoridades consideram ilegais. Não possuem nenhum documento sobre as habitações em que habitam, o que aumenta o risco de expulsão. Em Dezembro de 2010, 56 famílias ciganas foram expulsas de Cluj-Napoca, uma das maiores cidades do país, onde viviam há décadas.