Cinco padres, um diácono e oito diáconos permanentes ordenados em Lisboa. Patriarca recorda a sua ordenação sacerdotal, há 50 anos
Cinco padres, um diácono e oito diáconos permanentes ordenados em Lisboa. Patriarca recorda a sua ordenação sacerdotal, há 50 anosCinco novos padres para a diocese de Lisboa; um diácono, com vista ao sacerdócio, proveniente da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) e oito diáconos permanentes foram ordenados esta tarde no mosteiro dos Jerónimos. Missa das ordenações foi celebrada na solenidade litúrgica do Imaculado Coração de Maria.

Os presbíteros e os diáconos são ministros da Palavra. Para a poderem anunciar, devem acolhê-la de tal modo que ela comece por transformar as suas vidas. Sem um “coração novo”, não haverá anúncio renovador, defendeu o cardeal patriarca de Lisboa. Durante a homilia Dai-nos, Senhor, um coração novo, José Policarpo sublinhou que esta renovação do coração, concedida a todos os cristãos no Baptismo e na Confirmação, é uma graça própria do Sacramento da Ordem, porque o coração de um sacerdote deve acolher a Palavra para, ao anunciá-la, comunicar o seu poder criador e transformador.

Em Maria – salientou o patriarca – encontram-se as atitudes básicas deste coração renovado. antes de mais, a obediência, isto é, a completa sintonia da vontade própria com o desígnio de Deus que nos é revelado. a obediência situa-nos no plano de querer sempre realizar o plano de Deus, que nos é expresso pela Igreja, e não os nossos planos e a nossa maneira pessoal de ver as coisas, isto é, aceitar e amar esse plano que nos é pedido, disse aos ordinandos.

Uma outra atitude de Maria que pode inspirar a nossa fidelidade é o seu amor virginal. a virgindade não é negação, mas abertura às realidades novas. a virgindade sacerdotal não pode ser vista como negação, nem da sexualidade e da afectividade e de toda a capacidade humana de amar, mas como uma outra maneira de amar, fruto do poder criador da Palavra, quando esta é plenamente escutada e acolhida, afirmou José Policarpo. Esta aventura da escuta da Palavra é uma longa caminhada, percorrida na fé e na humildade, até àquele dia em que a escutaremos plenamente no seio do Pai. Mas cada passo em frente nesta transformação do coração, é já fonte de uma grande alegria, sublinhou.

aos ordinandos, o cardeal exortou a serem felizes, abrindo o coração renovado à alegria que tem a sua fonte em Deus e que Ele nos transmite sempre que acolhemos a sua Palavra, a Jesus Cristo, o seu Verbo encarnado. José Policarpo lembrou que há 50 anos havia sido ordenado sacerdote e dirigiu uma prece a Nossa Senhora por mim e por vós pedindo o dom de um “coração novo”, ensinai-nos a desejar um “coração imaculado”, para podermos escutar, cada vez mais profundamente, a vossa Palavra. Nesta oração lembrou as palavras da Senhora em Fátima O meu Imaculado Coração triunfará.