Director do Instituto Internacional de língua Portuguesa afirma que duas grafias do mesmo idioma impediram o avanço da difusão do português no mundo. «Só temos a ganhar se nós conseguirmos superar esta ideia antiga da língua portuguesa em dois países»
Director do Instituto Internacional de língua Portuguesa afirma que duas grafias do mesmo idioma impediram o avanço da difusão do português no mundo. «Só temos a ganhar se nós conseguirmos superar esta ideia antiga da língua portuguesa em dois países»Gilvan Mueller de Oliveira, novo director-executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, considera que a presença de duas grafias, a brasileira e a portuguesa, impediu o avanço do idioma durante anos. Para o responsável, a implementação do acordo Ortográfico, em todos os países lusófonos, ajudará a fortalecer os laços de cooperação das nações que falam o português.

Só temos a ganhar se nós conseguirmos superar esta ideia antiga da língua portuguesa em dois países ou em duas frentes, Portugal e Brasil, e pudermos integrar outros países fortemente, afirma . O director refere o exemplo das Ilhas Maurícias que pretendem aproximar-se da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Segundo o mesmo, 20 estudantes desse país foram enviados para o curso de Letras da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. O objectivo é haver quadros formados em português. Isso mostra como cada país pode ter um papel fundamental na sua respectiva região, refere, em entrevista à Rádio das Nações Unidas.

Gilvan Mueller de Oliveira é considerado um dos maiores especialistas em política da língua no Brasil. assumiu a direcção do instituto em Outubro de 2010. a entidade situa-se na Cidade da Praia, em Cabo Verde, e tem por objectivo coordenar a promoção da língua portuguesa no mundo. a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa reúne oito nações e prepara a entrada de mais uma: a Guiné Equatorial.