Fogem aos combates de um estado rico em petróleo, o Kordofan Sul. Os confrontos violentos opõem, desde 5 de Junho, as forças armadas sudanesas e os antigos rebeldes do Exército de libertação do Sudão, pondo em fuga mais de 73 mil pessoas
Fogem aos combates de um estado rico em petróleo, o Kordofan Sul. Os confrontos violentos opõem, desde 5 de Junho, as forças armadas sudanesas e os antigos rebeldes do Exército de libertação do Sudão, pondo em fuga mais de 73 mil pessoasTestemunhas que fugiram de Kadugli, capital do estado e palco de violentos confrontos, falam de mortos nas ruas, prisões em massa, pilhagem e destruição de urbanística incendiados, inclusive de escritórios de agências humanitárias e igrejas. afirmam que eram alvo da violência devido à sua origem étnica. as forças sudanesas efectuaram bombardeamentos aéreos na região dos montes Nuba e testemunhas oculares garantem que estão a ser efectuadas rusgas sistemáticas nas casas da capital. Os chefes religiosos acusam o governo de limpeza étnica, acusação que Cartum rejeita.
as agências humanitárias não têm acesso livre à população civil, denunciou o escritório da coordenação da ajuda humanitária das Nações Unidas, a 21 de Junho. a informação proveniente da região dos montes Nuba é muito limitada, sendo que a cobertura telefónica móvel estará cortada em várias zonas. Fotos de satélite, do projecto Enough mostram uma acumulação de tropas e de veículos das forças armadas sudanesas na região. Por outro lado, o espaço aéreo sobre o Kordofan Sul está severamente limitado. Segundo a embaixadora americana junto da ONU, o governo de Cartum ameaçou abater qualquer avião que sobrevoe aquele espaço sem autorização.
O Kordofan Sul foi um ponto chave durante a guerra civil, de 1983 à 2005, entre o norte e o sul. Os sudaneses dos montes Nuba apoiaram os rebeldes do Exército de Libertação do Sudão (SPLa). No momento em que o Sul Sudão se prepara para a independência a 9 de Julho, os seus antigos amigos estão do outro lado e recusam entregar as armas às forças armadas que eles consideram inimigas. Segundo o governo de Cartum, os confrontos começaram quando tentou desarmar as forças do SPLa, de Kadugli. Por seu lado, os activistas de Nuba afirmam que se trata de uma batalha para defender os seus direitos fundamentais e o seu modo de vida. Os combatentes estão bem armados e têm uma longa experiência de guerrilha.