Domingo de manhã, 7 horas – menos quatro que em Lisboa – em Plataforma, um bairro suburbano de Salvador, Baía, sobranceira ao mar, situa-se a capela de São João Baptista. Cerca de 30 pessoas, quase todas mulheres, reúnem-se para a missa
Domingo de manhã, 7 horas – menos quatro que em Lisboa – em Plataforma, um bairro suburbano de Salvador, Baía, sobranceira ao mar, situa-se a capela de São João Baptista. Cerca de 30 pessoas, quase todas mulheres, reúnem-se para a missaNa paróquia, dedicada a São Brás, é dia de assembleia paroquial. O missionário da Consolata queniano, Stephen Murungi, pede-me para celebrar a missa na pequena comunidade de São João. Percorro os poucos quilómetros que me conduzem á capela, passando entre buracos no alcatrão e lixo espalhado pelas ruas. Num rectângulo cimentado à borda do mar, protegido por rede metálica, joga-se futebol de salão. E com que garra! E preciso carácter!, gritava um jogador para o opositor, queixando-se de falta de lealdade.

Pequenina e pintada branco, com uns bordados em amarelo, a capela estava aí mesmo à frente, com algumas senhoras que conversavam entre si. Fui acolhido com sorrisos e cumprimentos de boas-vindas. Celebrei a missa entre cânticos e palmas bem ritmados, que geravam movimento dos corpos, não obstante a idade avançada de alguns participantes. Sempre as senhoras a orientar, a mexer nos cordelinhos. afinal não foi uma mulher que acolheu o profeta em sua casa e lhe deu hospedagem num quarto para ele preparado? a despedida foi muito carinhosa. Todos queriam cumprimentar e desejar felicidades. a palavra mais ouvida: Padre, volte sempre!. É assim o povo brasileiro!