Centenas de milhares de deslocados haitianos vivem sem alojamento adequado, desde o terramoto de 2010, que destruiu grande parte do país. Entretanto a cólera não pára de colher novas vítimas, sobretudo a partir de Maio passado
Centenas de milhares de deslocados haitianos vivem sem alojamento adequado, desde o terramoto de 2010, que destruiu grande parte do país. Entretanto a cólera não pára de colher novas vítimas, sobretudo a partir de Maio passado a expulsão de pessoas [dos campos], sem lhes dar alojamento alternativo adequado é uma violação do direito internacional dos direitos humanos, avisa o alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Num comunicado que manifesta grande preocupação, lembra que cerca de 800 mil pessoas sobrevivem em campos improvisados na capital, Port au Prince, e outras cidades do Haiti, desde a data do terramoto, em muitos casos, em condições sanitárias precárias, superlotação e insegurança, escreve a agência Lusa.

alguns campos já foram encerrados e está programado o encerramento de outros. as Nações Unidas apelam para um plano global que respeite os direitos humanos. O alto Comissariado recomenda ao governo do Haiti que garanta que o encerramento dos campos respeita os direitos de seus habitantes e, em conjunto com a comunidade internacional, as autoridades municipais forneçam um maior apoio para a tarefa de realojamento.

Entretanto a cólera continua a provocar mortes no Haiti. O número de pessoas que morreram vítimas da doença está calculado em 5. 506 entre 363. 117 pessoas afectadas, segundo números revelados pelas autoridades sanitárias haitianas. a epidemia está activa em todos os 10 distritos do país e já obrigou à hospitalização de 191. 508 pessoas, desde que surgiu em Outubro de 2010. a epidemia voltou a manifestar-se em Maio, mas com maior intensidade nas últimas semanas, afectando zonas como a capital, onde já morreram 647 pessoas, entre as quais 68 crianças menores de cinco anos. O Ministério da Saúde tem reforçado as recomendações relativas aos cuidados de higiene e ao tratamento dos alimentos de forma a evitar a propagação da doença.