Bento XVI lembrou ligação da festa do Corpo de Deus com a quinta-feira Santa, em que se celebra solenemente a instituição da Eucaristia
Bento XVI lembrou ligação da festa do Corpo de Deus com a quinta-feira Santa, em que se celebra solenemente a instituição da Eucaristia a transformação da substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo é fruto do dom que Cristo fez de si mesmo, dom de um amor mais forte que a morte, amor divino que o fez ressuscitar dos mortos, afirmou o Pontífice na Eucaristia celebrada na basílica de São João Latrão. a Eucaristia, ou acção de graças, assume essa transformação. Do coração de Cristo, da sua “oração eucarística” na véspera da sua paixão, surge aquele dinamismo que transforma a realidade nas suas dimensões cósmicas, humana e histórica, frisou.

Cristo mostra, na instituição da Eucaristia, que sabe agradecer e louvar a Deus também frente à traição e à violência, e desse modo transforma as coisas, as pessoas e o mundo. Uma transformação que só é possível graças a uma comunhão mais forte que a divisão, a comunhão de Deus mesmo, defendeu o Santo Padre, referindo-se, também, ao acto de comungar. Quando cumprimos esse acto, entramos em comunhão com a vida de Jesus, no dinamismo dessa vida que se dá a nós e por nós, disse.

a comunhão eucarística une o cristão à pessoa do lado, mas também aos irmãos distantes, em todas as partes do mundo. Especialmente no nosso tempo, em que a globalização torna-nos sempre mais dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer com que essa unidade não se construa sem Deus, isto é, sem o verdadeiro amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo, à opressão de todos contra todos, afirmou. a unidade da família humana parte da responsabilidade de uns em relação aos outros, porque aprendemos e aprendemos constantemente do Sacramento do altar que a partilha, o amor é o caminho da verdadeira justiça.