ainda sob caução, artista chinês dissidente, ai Weiwei, declara-se “muito feliz”. a sua libertação deu-se quarta-feira à noite, 22 de Junho, após quase três meses de detenção. Não pode falar do processo, por estar sob caução
ainda sob caução, artista chinês dissidente, ai Weiwei, declara-se “muito feliz”. a sua libertação deu-se quarta-feira à noite, 22 de Junho, após quase três meses de detenção. Não pode falar do processo, por estar sob cauçãoNão posso dizer nada mais porque estou sob caução, disse o artista aos jornalistas que acorreram a sua casa, no norte de Pequim, depois de a agência noticiosa oficial chinesa Nova China (Xinhua) ter anunciado a sua libertação, noticiou hoje a imprensa internacional. Contactado por telefone, ai Weiwei declarou: Estou muito feliz por estar livre e por estar de novo com a minha família. Numa notícia de oito linhas difundida cerca das 15 horas de Lisboa, a Xinhua informou que a polícia de Pequim decidiu libertar ai Weiwei sob caução devido à boa atitude do artista e à doença crónica que o afecta. ai Weiwei confessou os seus crimes e prometeu pagar os impostos que não entregou às finanças chinesas, indicou a mesma fonte. Estou bem. Regressei a casa e estou livre. Mas não posso falar. Por favor compreendam. De 54 anos, ai Weiwei foi detido no aeroporto de Pequim a 3 de abril, quando pretendia embarcar para Hong Kong. a única informação oficial divulgada até quarta-feira referia apenas que o artista estava a ser investigado por suspeita de crimes económicos. Dezenas de outros dissidentes chineses foram detidos nas semanas anteriores, no que já foi considerada a mais dura campanha do género das últimas duas décadas e que para alguns analistas, evidenciou o nervosismo das autoridades face à eventualidade de uma revolução jasmim no país, refere a agência Lusa. a vaga de detenções acentuou-se no final de Fevereiro, na sequência de apelos na internet a favor de protestos populares idênticos aos que agitaram o Médio Oriente e o Norte de África. ai Weiwei, um dos artistas plásticos chineses mais conhecidos internacionalmente, colaborou com o atelier suíço que desenhou o estádio olímpico de Pequim. a sua detenção suscitou protestos de governos, museus e outras instituições culturais ocidentais, nomeadamente da União Europeia, que o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, visitará a partir da próxima sexta-feira, 25 de Junho.