Chilenas infectadas com ví­rus da Sida são desrespeitadas nos seus direitos nas instituições de saúde pública do país latino-americano. além de tratamentos discriminatórios, sofrem pressões para evitar a gravidez
Chilenas infectadas com ví­rus da Sida são desrespeitadas nos seus direitos nas instituições de saúde pública do país latino-americano. além de tratamentos discriminatórios, sofrem pressões para evitar a gravidezFaltas de respeito, atrasos nos serviços prestados e esterilização forçada são alguns dos problemas que as mulheres enfrentam, segundo o relatório intitulado Dignidade Negada. O estudo realizado entre 2009 e 2010, em Santiago, expõe os abusos cometidos contra as mulheres chilenas infectadas com o vírus da Sida. Calcula-se que, no Chile, existem 3. 200 mulheres portadoras da doença, no Chile, revela a agência adital.

Estudos anteriores assinalaram a esterilização coerciva de mulheres seropositivas como um problema sistemático no país. 56 por cento das mulheres inquiridas admitiram terem sido pressionadas por profissionais de saúde para evitar a gravidez. Metade das que foram esterilizadas foram forçadas a fazê-lo ou sofreram pressões, indica a mesma fonte. Trata-se de uma problema que subsiste não só no Chile mas que também se verifica em outras nações como a República Dominicana, o México, a Namíbia, a África do Sul e a Venezuela.

O governo chileno tem recorrido à adopção de programas de prevenção, testes e tratamento com recurso a anti-retrovirais. apesar do Chile ser um dos países do mundo com a mais restrita legislação para o aborto, apresenta um retrocesso no que respeita às mulheres seropositivas. É necessário reverter a situação, considera Sara araya, presidente do Vivo Positivo. a responsável defende a adopção de políticas públicas e programas de aperfeiçoamento e de consciencialização.