Quase 600 mil desempregados e menos de metade a receber subsí­dio batem à porta do novo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira. Tem pela frente o desafio de baixar a taxa de desemprego de 12,6 por cento, a mais alta de Portugal nos últimos 30 anos
Quase 600 mil desempregados e menos de metade a receber subsí­dio batem à porta do novo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira. Tem pela frente o desafio de baixar a taxa de desemprego de 12,6 por cento, a mais alta de Portugal nos últimos 30 anosCom as novas regras acordadas com a troika, o apoio será ainda mais curto às cerca de 600 mil pessoas inscritas nos centros de emprego, o nível mais elevado dos últimos 30 anos. Embora o número de desempregados inscritos tenha caído cinco por cento em abril, as organizações sindicais explicam que isso só representa menos pessoas a receber o subsídio de desemprego e não uma diminuição do desemprego, segundo noticia a agência Lusa.

Em abril, mais de 236 mil pessoas recebiam o subsídio de desemprego, mês em que o valor médio desta prestação por beneficiário era de 528,56 euros, segundo dados da Segurança Social. De acordo com os dados, a maioria destes desempregados encontra-se na zona Norte: 106. 027; Lisboa e Vale do Tejo: 90. 300; e zona centro: 54. 974. O Porto destaca-se com 64. 733 beneficiários, seguido de Braga com 29. 923. Em Lisboa e Vale do Tejo, o maior numero de beneficiários está em Lisboa com 54. 877, seguido de Setúbal com 22. 980. Na zona Centro, destaca-se aveiro com 18. 143 beneficiários do subsídio de desemprego, seguido de Leiria com 11. 434.

as novas regras acordadas com a troika irão encurtar o apoio a quem perdeu o emprego. Passará a ter uma duração máxima de um ano e meio, em vez dos actuais três anos, assim como um valor mais baixo. a prestação máxima do subsídio de desemprego será de 1048 euros, um valor que, segundo os dados do Ministério do Trabalho, equivale apenas a cinco por cento do total dos subsídios de desemprego atribuídos. Estas regras, no entanto, só afectarão os futuros desempregados. O memorando prevê ainda um corte progressivo no valor do subsídio que deverá ser pelo menos de 10 por cento, assim que tenham decorrido os primeiros seis meses.