«Celebrar a Santíssima Trindade é também reconhecermo-nos a nós, em Deus e a partir de Deus»
«Celebrar a Santíssima Trindade é também reconhecermo-nos a nós, em Deus e a partir de Deus»O problema de hoje, e grande problema, na verdade, é sentirmo-nos ou querermo-nos individualmente apenas, sem persistência e desligados, afirmou o bispo diocesano do Porto, na homilia da Eucaristia da Santíssima Trindade. a salvação cristã – defendeu o prelado – é vivermos em Cristo, como quem se recebe do Pai e a Ele se retribui, na circulação plena e irradiante do Espírito.

a realidade viva a de Deus e a nossa em Deus experimenta-se e testemunha-se na família e na comunidade cristã, pela doação mútua e persistente de todos e cada um, vencendo dissensões e discórdias pela força (re)unificadora do Espírito, refere Manuel Clemente. O prelado salientou que fomos baptizados ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’, e assim existimos agora. aliás, somos cristãos e não meros crentes em geral, quando vivemos “em Cristo”, cumprindo a vontade do Pai, no amor do Espírito.

Manuel Clemente defendeu a imprescindível sinalização comunitária e familiar do Deus de Jesus Cristo, durante a celebração da bênção de casais que comemoram 25, 50 e 60 anos de matrimónio. a quem duvidar de Deus ou ainda O desconhecer, mostre-lhe a comunidade cristã, a partilha e amor persistentes. E a quem desacreditar do vínculo matrimonial – uno, indissolúvel e fecundo – demonstre-lhe o matrimónio cristão que tal é possível e imensamente realizador, na doação mútua do Cristo que por cada cônjuge o Pai constantemente oferece, para que o outro “não pereça, mas tenha a vida eterna”.