Cerca de 16 milhões em todo o mundo, mais de um quarto da população de refugiados encontra-se apenas em três países: Paquistão, Irão e Síria. antónio Guterres visitou, ontem, 19 de Junho, a ilha de Lampedusa
Cerca de 16 milhões em todo o mundo, mais de um quarto da população de refugiados encontra-se apenas em três países: Paquistão, Irão e Síria. antónio Guterres visitou, ontem, 19 de Junho, a ilha de LampedusaQuatro em cada cinco refugiados de todo o mundo estão alojados em países pobres, onde as suas perspectivas de cidadania e as oportunidades económicas são escassas, refere a agência Lusa, citando um relatório das Nações Unidas. Mais de um quarto de toda a população de refugiados encontra-se somente em três países: Paquistão, Irão e Síria. a vaga de deslocados na sequência dos conflitos no norte de África não está incluída nestas contas. a maioria deles encontrou abrigo nos países vizinhos, ou foge para a Europa, que tenta impedir que alcancem a sua costa.

Os receios sobre fluxos de refugiados nos países industrializados têm sido muito exagerados ou erroneamente associados a problemas relativos à migração, lamenta o alto-Comissário para os Refugiados, antónio Guterres. a carga do acolhimento dos refugiados sobra para os países pobres. Paquistão, Irão e Síria contam com as maiores populações de refugiados, somando, respectivamente, 1,9 milhões, 1,07 milhões e um milhão, o que pesa nas suas economias. Do lado oposto, a alemanha é o país industrializado que acolhe a maior população de refugiados, mas situa-se muito atrás, com 594 mil pessoas.

No Dia Mundial dos Refugiados, 19 de Junho, antónio Guterres esteve, na ilha de Lampedusa, Itália, onde visitou refugiados que recentemente deixaram a Tunísia e a Líbia. Note-se que o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) contabilizou, no ano passado, mais 27,5 milhões de pessoas deslocadas nos seus próprios países e 850 mil à procura de asilo. assim 2010, registou-se um total de 43,7 milhões de pessoas em todo o mundo que foram forçadas a deslocar-se. À cabeça da lista das maiores fontes de refugiados surgem países como afeganistão, Iraque, Somália ou Congo. Sediado em Genebra, o aCNUR indica que a situação mudou drasticamente desde a sua fundação em 1950, altura em que se ocupava dos 2,1 milhões de europeus desenraizados pela Segunda Guerra Mundial.