Missionário no Roraima, na região da amazónia, Brasil, Mário Campos participou na festa da Consolata no Cacém. Uma oportunidade para partilhar a sua experiência
Missionário no Roraima, na região da amazónia, Brasil, Mário Campos participou na festa da Consolata no Cacém. Uma oportunidade para partilhar a sua experiênciaMário Campos encontra-se a trabalhar com os índios da Raposa Serra do Sol, no Brasil. Depois de terem conquistado o direito à terra, com o decreto assinado pelo então presidente Lula da Silva, hoje, o problema é que perderam a sua autonomia em termos de decisões. agora têm terra garantida, mas tiraram-lhes o poder sobre a saúde, não têm poder de decisão na Educação, de plantar ou não plantar, afirmou o missionário da Consolata. ainda assim, apesar das dificuldade, não perdem a esperança e a fé, salienta Mário Campos.com os índios macuxi aprende-se a relação bonita com a natureza e aprendendo a ler a Bíblia, como o povo de Israel vivem do seu trabalho. E não perdem a esperança de uma vida melhor, que não vai acontecer com muito dinheiro no bolso, mas pelo amor e pela fé.

Juntamente com outros dois sacerdotes (padre Marçal e padre afonso) os missionários da Consolata trabalham com 78 comunidades indígenas, no Roraima, Brasil. E isso exige um esforço muito grande. Um dos problemas são as distâncias, já que a visita a uma comunidade pode levar dois a três dias de caminho, a pé. Os missionários da Consolata são poucos. ainda que sejam 2. 300 em todo o mundo, o mundo é muito grande, salienta o sacerdote português. Mas a força da consolação que recebemos faz ter esperança de chegar cada vez mais longe e ao fundo do coração das pessoas, realçou.

Na amazónia, as comunidades indígenas têm muita gente nova, cada família tem 7, 8 filhos, porque acreditam que a dignidade do povo está também no seu número. Muitos lembrar-se-ão da primeira campanha Uma vaca para o índio que os missionários da Consolata promoveram. Isso salvou os índios da Raposa Serra do Sol, afirma. agora, retribuem como povo livre, ainda que com dificuldades, mas sem perder a esperança. E num dos momentos difíceis para si, confessou o missionário que se encontra há nove anos no Brasil, foi uma pequena canção, cantada pelo coordenador da catequese, que lhe deu ânimo: Essa luz pequenina, vou deixá-la brilhar, vou deixá-la, vou deixá-la brilhar.