a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco. Bela introdução à Missa que nos dirige o sacerdote! a presença amorosa de Jesus Cristo esteja em nós. O amor sem limites do Pai, e a união total com o Espírito Santo! a Santíssima Trindade é a família de Deus. Do Deus dos cristãos, que não é um Deus solitário, que pensa só em si, mas um Deus trino. Um Deus em três pessoas entre as quais circula um amor infinito. Tudo o que há de bem, da Santíssima Trindade vem. Deus é criador, salvador, santificador. E a maior preocupação de Deus, em relação a nós, é a nossa salvação e a nossa felicidade. Por isso, Deus Pai envia o Filho à terra para nos salvar e o Filho concorda com a decisão do Pai. Deus manda o Espírito Santo gerar o Salvador no seio de Maria e o Espírito Santo concorda. Deus pede a Maria para ser Mãe do Salvador e Maria concorda. Que bom se os habitantes da terra concordassem, vivessem em concórdia!

Na família Santíssima Trindade todos concordam em tudo. Na família da humanidade as coisas são bastante diferentes, por vezes. Mesmo na família de cada um de nós nem tudo é aceitação serena uns dos outros. Por isso, os chefes da humanidade recorreram ao divórcio. É muito mais fácil para eles desenvencilharem-se dos problemas das famílias do que instituírem organizações que possam ajudar os matrimónios em dificuldade. Em Portugal, nos últimos 15 anos, os divórcios aumentaram mais de 500 por cento. Divórcio significa infelicidade, e significa criar problemas para os filhos, obrigar as crianças a escolherem entre o pai e a mãe, ou a dividirem o seu amor pelos dois e, também, pelos irmãos e irmãs. O que, sem exagero, cheira a cinismo da parte dos altos responsáveis. E tudo isto, por mais estranho e terrível que pareça, em nome do bem comum.

Na trindade humana, a família, é uma imitação da Trindade divina. Por isso, os esposos juraram já não serem dois, mas uma só carne. Num juramento deve pensar-se muitas vezes, senão evapora-se. Nem se duvide que, na área da vontade, tudo tem de ser continuamente renovado. O amor do pai pela mãe – e vice-versa – é o grande apoio do amor entre os filhos. Sobre a relação destes com os pais, muito deixa a desejar, certas vezes, a prática dos nossos dias. Se os filhos só vêem no pai um camarada, se a mãe está lá só para dar tudo aos filhos, sem muito deles receber de volta, mal vai a família. Os filhos devem amor, respeito e ajuda aos pais, não porque são bons para com eles e lhes dão aquilo de que precisam. Mas, em primeiro lugar, porque os pais são oficiais de família, são representantes de Deus junto dos filhos. Jesus obedecia a Maria e José, em Nazaré, porque representavam o Pai do Céu. a família é uma invenção do amor da Santíssima Trindade, é um lugar onde o amor deve circular continuamente. Unida e feliz, assim a sonhou Deus. assim ela seja!