O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa considera que a lei da despenalização da interrupção voluntária da gravidez tem sido administrada «ao Deus dará»
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa considera que a lei da despenalização da interrupção voluntária da gravidez tem sido administrada «ao Deus dará»José Policarpo disse aos jornalistas que a própria lei não tem sido cumprida. Em particular o aconselhamento prévio da mulher que pede o aborto e que está claramente previsto na lei não tem sido feito, afirmou o cardeal patriarca de Lisboa.

O responsável da CEP apontou ainda como exemplo o facto de mulheres fazerem abortos várias vezes. aliás, acrescenta o patriarca de Lisboa, não é preciso pôr em questão a lei, ou seja, dizer ‘vamos fazer outra lei’ para exigir que esta lei seja cumprida com o mínimo de respeito pela pessoa humana e pela vida que ela inspira.

ainda que a questão tenha sido abordada na campanha eleitoral e Passos Coelho, indigitado primeiro-ministro, tenha admitido que o diploma possa ter ido um pouco longe demais, José Policarpo adianta que este não é um tema que esteja agora no no programa do episcopado português. No entanto, essas leis fracturantes nunca estão definitivamente resolvidas.