Muita atenção do futuro governo para responder às situações sociais emergentes que vão decorrer da implementação das medidas da «troika», pede o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social
Muita atenção do futuro governo para responder às situações sociais emergentes que vão decorrer da implementação das medidas da «troika», pede o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral SocialEspero que [o governo] esteja muito atento à sua responsabilidade para corresponder às situações mais emergentes que vão crescer no próximo ano, a partir de Outubro, afirmou Carlos azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, em Fátima, em declarações à agência Lusa. À margem das Jornadas Pastorais do Episcopado, o prelado defendeu que é muito importante que o Estado, não só dê os apoios que lhe for possível, mas também exerça um trabalho de pedagogia social. E deu um exemplo: Não custa nada dar companhia a pessoas sós, porque não custa dinheiro. O prelado advogou a mobilização dos portugueses neste trabalho, cujo papel do Estado é dinamizar.

a aplicação das medidas da troika vai exigir mais sacrifícios aos portugueses. Nós temos sempre consciência que, quando temos um sacrifício, faz-nos algum mal-estar. Mas se soubermos que esse sacrifício vai redundar, passado uns tempos, em benefício, ele com certeza é percorrido com mais gosto, explicou Carlos azevedo. Temos é que ter muita confiança que aquilo que nos vai ser dito é a verdade do que está a acontecer, reclamou o bispo auxiliar de Lisboa. Tem que ser muito essa política de verdade a constituir a confiança dos portugueses, avisou.

Passando muitos limites no bem-estar dos portugueses, certamente que isso deve implicar um futuro, nem que seja mais algum longo prazo, mas um futuro diferente, considerou Carlos azevedo. agora Portugal tem que encarar-se que é um país pobre. Não pode viver acima daquilo que é, mas pode ser um país onde se viva de modo sereno e feliz. as Jornadas Pastorais do Episcopado contam com a participação de cerca de 80 pessoas, entre bispos, delegados das dioceses ao projecto Repensar Juntos a Pastoral da Igreja em Portugal e delegados de congregações religiosas e de movimentos eclesiais.